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Cultivo de macroalgas




Os maricultores catarinenses terão mais uma importante alternativa de renda. Na última quinta-feira, 24, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou o cultivo comercial da macroalga Kappaphycus alvarezii no Litoral de Santa Catarina. O produto, utilizado nas indústrias farmacêutica e alimentícia, é altamente valorizado no mercado e pode ser combinado com o cultivo de ostras, mexilhões e vieiras. Esse será mais um mercado exclusivo de Santa Catarina.


“Mais uma boa notícia para o agronegócio catarinense. Ao longo de 2019, fizemos várias tratativas com o Instituto do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura, Secretaria de Aquicultura e Pesca e Ibama para a liberação do cultivo de macroalgas em Santa Catarina e hoje colhemos os resultados. Os maricultores catarinenses terão mais uma alternativa de renda”, comemora o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.


A Instrução Normativa do Ibama autoriza o cultivo comercial Kappaphycus alvarezii entre os municípios de Itapoá e Jaguaruna. O pesquisador Alex Alves dos Santos, do Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri (Cedap), explica que a decisão traz a possibilidade de diversificação dos cultivos marinhos, aumento dos lucros para os maricultores, maior oferta de emprego e renda nas comunidades tradicionais.

“Além desses benefícios, talvez a maior contribuição seja ambiental, pois as algas são a base da cadeia alimentar aquática e absorvem nutrientes da água para promover seu crescimento, favorecendo a vida marinha. Com essa autorização, os próximos anos serão de muito trabalho para Epagri, para UFSC e principalmente para os maricultores que, juntos, estarão construindo uma nova cadeia produtiva na história do agronegócio catarinense”, ressalta.


Por possuir propriedades gelificante, espessante, estabilizante e emulsificante, a macroalga é utilizada em diversas indústrias como farmacêutica, química, alimentícia e têxtil.


Pesquisa catarinense


Os estudos para o cultivo de macroalgas em Santa Catarina começaram em 2008 numa parceria entre Epagri e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A Epagri/Cedap mantém dois cultivos experimentais de Kappaphycus alvarezii em Penha e Governador Celso Ramos e as negociações para autorização da produção foram retomadas no último ano.


Maricultura em Santa Catarina


Santa Catarina é o maior produtor de moluscos do Brasil. São 565 maricultores distribuídos em 11 municípios e gerando cerca de 2 mil empregos diretos. Em 2017, a produção girou em torno de 13,7 mil toneladas de mexilhões, ostras e vieiras.


O estado é o único do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, dando garantia e segurança para os produtores e consumidores.



Fonte: Epagri

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